Justiça Federal na Paraíba torna homem réu por racismo contra mulheres ciganas nas redes sociais

  • 17/12/2025
(Foto: Reprodução)
Justiça Federal na Paraíba torna homem réu por racismo contra mulheres ciganas nas redes sociais Ascom/JFPB A Justiça Federal na Paraíba tornou réu um homem por racismo contra mulheres ciganas a partir da divulgação de um vídeo nas redes sociais. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), órgão que denunciou o crime, a publicação expôs vítimas à humilhação e reforçou estigmas contra povo cigano. O g1 entrou em contato com o criador de conteúdo digital, Walter Fernando Souto Brandão, conhecido como "Walter Paparazzo", que é réu no processo, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. Conforme a denúncia do MPF, o crime ocorreu em 2022, a partir da divulgação, em perfil aberto de rede social, de um vídeo que mostrava duas mulheres ciganas sendo agredidas por pessoas no centro de João Pessoa, acompanhado de legenda ofensiva e discriminatória. O conteúdo da legenda não foi divulgado. O réu Walter Paparazzo foi candidato a vereador de João Pessoa pelo MDB nas Eleições em 2024. No entendimento do Ministério Público, "a postagem não apenas expôs as vítimas à humilhação pública, como também reforçou estigmas históricos contra o povo cigano, estimulando o preconceito e a violência simbólica e social". Outro ponto indicado na denúncia é de que as redes sociais têm potencial de amplificação da discriminação e do racismo, já que conteúdos considerados ofensivos, quando difundidos em ambientes digitais de amplo alcance, no entendimento do órgão, ultrapassam o dano individual e atingem a coletividade. MPF entende que postagem fere cultura cigana tradicional A denúncia aponta também para o caráter tradicional, cultural e inofensivo da leitura de mãos, prática historicamente associada ao modo de vida de diferentes comunidades ciganas, que teriam sido alvo da postagem do criador de conteúdo nas redes. O MPF disse que desqualificar essa atividade e associá-la de forma pejorativa à ideia de fraude como na publicação "reforça estereótipos negativos e deslegitima expressões culturais que fazem parte da identidade desses povos". Ele responde pelo crime de racismo, tipificado na Lei nº 7.716/1989, que corresponde à discriminação ou ao preconceito de raça, etnia, religião ou procedência nacional, quando cometidos por intermédio dos meios de comunicação social ou de publicação em redes sociais. A legislação estabelece pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba

FONTE: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2025/12/17/justica-federal-na-paraiba-torna-homem-reu-por-racismo-contra-mulheres-ciganas-nas-redes-sociais.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Raridade

Anderson Freire

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Casa do pai

Aline Barros

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes